sábado, 30 de outubro de 2021

Saia do Brasil!

Saia do Brasil!



Luiz Andrada

30 out. 2021

luizandradabh@gmail.com





O Brasil é o ânus do planeta. Aqui reside a raça mais problemática da galáxia. Problemática é eufemismo. Este país consegue ser pior do que a antiga Roma, com seus césares perversos e megalomaníacos, suas orgias e bebedeiras colossais; pior do que Sodoma e Gomorra, com suas devassidões. É uma mistura do mal com o pior, da decadência com a violência. O Brasil não merece respeito, porque não inspira respeito. Enquanto existir brasileiro, o Brasil nunca será desenvolvido.


Se você é pobre, arruma dez filhos e um tanto de netos, e ainda reclama que o governo não lhe ajuda a criar a sua prole de coelhos. A culpa pelo que você faz com o seu útero é sempre do outro, e nunca sua. Se vai ao médico, o doutor lhe estupra e ainda culpa a sua vagina pelo estupro. Se vai à igreja, o padre estupra o seu filhinho e diz para o delegado que o menino de seis anos de idade o seduziu. Se vai à outra igreja, o pastor estupra a sua filhinha e ainda rouba o seu dinheiro. Se é rico e abre uma empresa, o seu empregado vigia a sua vida e os seus passos, rouba o seu carro e depois lhe mata. Se a agência bancária na qual você trabalha contrata uma equipe de seguranças, logo descobre que contratou marginais e criminosos, que estão ali para vigiar a rotina do banco e organizar um roubo cinematográfico. Se vai atravessar a rua, o motorista alcoolizado, a 160 km/h, lhe mata atropelado, paga uma fiança e sai rindo da delegacia em direção ao boteco. Se conhece um homem pelo aplicativo de namoro termina no consultório do psiquiatra, após descobrir que era tudo golpe e ele roubou todo o seu dinheiro e a sua alma. Alma ingênua. Mulheres de 40, 50, 60 anos de idade, maduras, vividas, experientes estão caindo nesses golpes românticos, falácias evidentes nas quais nem mesmo uma criança ou feto cairia. O nome disso é autoengano, uma estranha tendência a boicotar a si mesma, por pura ausência de amor-próprio. Se vai encontrar uma mulher que conheceu no site de namoro, descobre que a linda mulher é na verdade uma dupla de criminosos psicopatas, que roubam seus cartões, seu carro e sua vida. Se vai à universidade depois de três anos tentando ser aprovado no Enem, descobre que vinte colegas fraudaram documentos e entraram de maneira irregular no curso, com extrema facilidade. Os estelionatários serão médicos em breve. Médicos de alta qualidade moral. Se vai à padaria, o apresuntado no balcão está vencido há vários dias, e ninguém exige a comprovação da data de validade. Confiança cega neste país pode causar intoxicação alimentar, e mental. Se vai à assistência técnica consertar a máquina de lavar roupas, não pode ter certeza de que as peças trocadas são originais e de qualidade. Se a menina menor de idade se apaixona, após a ilusão descobre que o namorado, o amor da sua vida, espalhou vídeos e fotos suas, de caráter erótico, para a internet inteira. Provavelmente ninguém nunca conseguirá apagar esse material da internet, pois é imensa a velocidade de reprodução no ambiente virtual, e em pouco tempo essas fotos e vídeos estarão em servidores na Rússia, na Coreia do Sul, nos EUA. Se compra um celular pela internet, recebe um tijolo de goiabada. Precisa falar dos políticos? Se você é contratado, logo percebe que será obrigado a cumprir horas extras não previstas no contrato de trabalho, e sem garantia de que receberá pelas mesmas. Empresários brasileiros formam uma das classes que menos confiança desperta, e a prova disso se obtém visitando os tribunais trabalhistas, abarrotados de crimes contra os empregados. Se um motoboy estaciona na sua frente, você acha que ele carrega pizza na mochila, mas na verdade ele é um assassino maldito e repleto de cocaína no cérebro. Nunca confie em motoqueiros. Se arruma um namorado e na primeira semana vai viver com ele, o sujeito estupra os seus filhos. Se arruma uma namorada, ela não larga as redes sociais um segundo sequer. Por que não namora o Facebook de uma vez, tendo em vista o enorme tempo investido nessa rede social? E o que dizer dos homens matando mulheres, e de algumas mulheres matando homens? E os crimes dentro das famílias? Você confia cegamente em todos os jornalistas, médicos, comerciantes? Você confia em quantos policiais militares, civis, federais? Você confia em militares? Eu confio em dois, Tiradentes e Deodoro da Fonseca. Se arruma um amigo, ele rouba a sua esposa e depois lhe mata. Se arruma uma amiga, ela inventa uma doença terminal para lhe pedir dinheiro a todo momento. Depois, a delegada lhe faz a descrição da longa ficha criminal da sua amiga como estelionatária, golpista, bandida. Velha conhecida da polícia. Você ainda confia em tudo e todos que aparecem na sua frente na internet? Por quê? Qual problema mental você tem? Quantos sites falsos de lojas na internet você conhece? Quantos criminosos dirigindo carros por aplicativo você conhece? Você ainda acredita naquela história de digitar a senha do cartão uma, duas, três, quatro vezes porque da primeira vez não deu certo, ou a bateria da maquininha falhou? Hein? Em que país mental você vive? Em que ilusão você mergulhou a sua mente? O Brasil é guerra, é catástrofe, é batalha diária para sobreviver e fugir dos lobos, dos demônios, dos canalhas que nos cercam o tempo inteiro. Seja esperto! Sobreviva!


Se você pode, saia do Brasil. Há muitos problemas nos outros países, mas é possível encontrar boas opções. Você não merece o Brasil. Ninguém merece.


sábado, 23 de outubro de 2021

Temos vaga para jornalista

Temos vaga para jornalista


Luiz Andrada

23 out. 2021

luizandradabh@gmail.com





Aptidões exigidas


O jornalista deverá demonstrar uma habilidade excepcional para manipular a opinião alheia, e para arrastar os cérebros dos cidadãos atrás de sua sombra magnificente. Todo jornalista é o dono da verdade, ainda que a verdade seja uma mentira. Mas é o dono. É preciso impor conceitos, com voz de autoridade, com toques de doçura, com afetação soberba, com sorrisinhos inteligentes, e até com certa agressividade verbal. De vez em quando é bom ralhar, pois isso impacta e choca as pessoas. “Que jornalista corajosíssimo! Uau!”. Essa mescla de características mantém as pessoas de quatro diante do jornalista. É preciso arrancar do telespectador o elogio: “Aquele é o jornalista mais preparado e inteligente que eu conheço!”. Porque a inteligência atrai burros. E isso é ótimo. Será um diferencial a capacidade de emocionar os cidadãos fazendo papel de jornalista filantropo, pró-social, defensor da esquerda, defensor dos policiais, defensor dos mais pobres, defensor da direita, crítico de todos os políticos, etc. O melhor candidato será aquele que consegue criar uma imagem de isento e imparcial, mas mantendo-se sempre comprometido e parcial. É um jogo discursivo complexo, mas precisa ser dominado com maestria. Há diversos papéis no circo do jornalismo, e o candidato deverá analisar quais desses lhe cabem melhor: o palhaço, o cachorro bravo, o justiceiro, o guerreiro, o cospe fogo, o intelectual, o sabichão, a charmosa. Também é preciso mentir, mas como quem diz a verdade. A mentira é o substrato essencial do jornalismo. Sem a mentira o jornalismo se desfaz. É preciso frisar a necessidade absoluta de que o candidato trabalhe movido pelo sensacionalismo torpe e vil. Para fidelizar telespectadores é crucial berrar e urrar quando o sangue estiver ainda quente no asfalto, após aquele latrocínio. Pânico! Terror! “Olha o sangue, gente!!! Olha o sangue, gente!!! Olha o sangue, gente!!!”. É preciso repetir dez vezes até estourar os neurônios do telespectador, e fazer a população sugestionável e manipulável vomitar de tanta ansiedade. Esse é o jornalismo do esgoto que domina grande parcela da imprensa brasileira. Por fim, é preciso ser canalha, cretino, imoral, corrupto, desonesto, porque após o jornalismo muitos encontram abrigo na política. Na verdade, o jornalismo é o palanque que esses profissionais utilizam para suas ambições políticas. Desejamos aos candidatos boa sorte no processo seletivo!


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A imprensa canoniza quem furta

A imprensa canoniza quem furta



Luiz Andrada

14 out. 2021

luizandradabh@gmail.com





A habilidade cretina da imprensa em manipular otários é, de longe, a característica mais medonha dessa instituição e dos seus profissionais vendedores de mentiras, e seguramente a sua maior força — ou fraqueza. Os jornalistas criam factoides, aumentam o pequeno, diminuem o exacerbado, colorem o monocromático e acinzentam o colorido. Ou seja, distorcem o que lhes convém de acordo com o paladar ideológico que orienta as pautas das suas redações. Tudo pela audiência, tudo para vender os produtos anunciados na sua grade publicitária. O único objetivo é prender o telespectador diante da máquina de mentiras, e fazê-lo consumidor do lixo que a coisa anuncia. Todos nós já ouvimos os jornalistas dizendo: “Não saia daí, nós voltamos em um minuto!”. Eu sou do tipo infiel e desobediente, e saio. De algumas emissoras, inclusive, eu saí definitivamente.


Nestes últimos dias fomos todos legitimados pela imprensa brasileira à prática do furto. Se uma mulher pode, todos nós podemos. É o princípio da igualdade, da paridade. Uma mulher dependente química, moradora de rua há dez anos, foi presa cinco vezes pelo mesmo crime de furtar supermercados. Na quinta vez ela tornou-se celebridade da imprensa mortadela, tendo sido aprovado de imediato o seu processo de beatificação. Na verdade, ela já foi canonizada. Apareceram demagogos esquerdistas da política, da imprensa, todos carregando consigo os santinhos da ladra, e pedindo bênçãos a ela. A boa ladra. Mas, existe bom ladrão? Ou mau ladrão, arrependido? E ela, será que se arrependeu? A dose de demagogia piegas na televisão brasileira nesta semana foi de arrasar. Estou ainda tratando uma diarreia aguda, causada pela falsidade dos jornalistas. Meu intestino entortou. Queria ver se a mulher roubasse cinquenta reais da carteira desses jornalistas. Será que os demagogos beijariam as mãos dela? Ou chamariam a Polícia Militar?


Eu duvido que essa senhora tenha roubado para alimentar seus cinco filhos. Provavelmente, roubou para comprar drogas. Aliás, eu duvido que ela sequer mantenha contato com os filhos. Se eu fosse membro da família, não permitiria que uma drogada se relacionasse com cinco menores de idade. Conheço finais trágicos para esse tipo de cenário familiar. Mesmo assim, os jornalistas tão filantropos teceram canduras pela mãe heroína que roubou para alimentar a sua prole. Será? Ou roubou para alimentar o seu vício? Como o jornalista pode ter certeza sobre o destino daqueles produtos furtados? Ele seguiu a mulher após o furto?


O que a imprensa está fazendo é motivar outros moradores de rua, drogados, empobrecidos a cometerem o mesmo tipo de furto. Tudo com o aval da canalhice desses jornalistas sensacionalistas, que vivem da exploração da tragédia alheia. Seguramente, outros criminosos aparecerão para o encantamento da imprensa, que saberá explorar a matéria com maestria, para fazer funcionar aquela máquina de vender citada acima. “Eu, jornalista, preciso de homicídio, estupro, violência, sangue jorrando, para poder vender televisão por assinatura e prótese dentária. Muito obrigado, criminosos!”.


Essa senhora precisa de ajuda, de tratamento psiquiátrico, de acolhida numa casa de recuperação competente e eficaz. Ela precisa de apoio para cuidar da sua saúde integral. Como compreender que uma pessoa na gravíssima condição de miserabilidade e dependência química tenha gerado cinco filhos? E por que isso é tão comum nas populações carentes? Por que os pobres não param de gerar filhos, tendo consciência das penúrias que vivem? Por que essas pessoas não se submetem a laqueadura, vasectomia, uso de contraceptivos, tudo isso oferecido pelo SUS? Por que insistem em criar oito filhos num cubículo do tamanho de uma cozinha? Será que o fazem almejando receber maiores quantias em programas sociais do governo, como o bolsa família? Essas pessoas precisam de ajuda, orientação, aconselhamento. Eu vejo no meu país uma imensa população carente completamente desnorteada, metendo os pés pelas mãos. E o fim disso costuma ser a violência, o mal, o crime, como assistimos na vida dessa senhora que acaba de ser solta da cadeia. E se ela não encontrar ajuda, voltará a cometer furtos. E a imprensa cretina deste país estará por perto para canonizá-la. Afinal, as emissoras hipócritas precisam explorar dramas e infernos pessoais para vender pacotes de turismo, banco digital, creme hidratante.


Thomas Jefferson against Calvinism