Bandidos trabalhando como seguranças e fiscais
Luiz Andrada
22 mar. 2022
Há poucos dias uma jovem negra sofreu racismo e constrangimento no Shopping Pátio Savassi, em Belo Horizonte, ao ser encarada, perseguida e abordada por vários seguranças que atuam no local.
O Brasil ainda se recorda do espancamento brutal e assassinato cometido por vários seguranças do Carrefour de Porto Alegre, contra João Alberto Silveira Freitas, um cliente negro.
Eu convido o leitor a passear pelo site “Reclame Aqui” e conferir as diversas denúncias contra cada um dos supermercados, shoppings e estabelecimentos comerciais da sua preferência. Verifique os crimes cometidos pelos seguranças e fiscais dessas empresas contra os seus próprios clientes. O cliente é justamente aquele que sustenta a empresa pela sua preferência e pelo seu dinheiro. Verdadeiras calamidades e atrocidades contra aquele que é o sócio majoritário da empresa! Sem cliente, não há futuro para a empresa.
O brasileiro precisa acordar e aprender a se empenhar por uma antiga e eficaz metodologia de protesto: o boicote. A cada vez que um segurança ou funcionário de determinada empresa agir de maneira desrespeitosa ou cometer qualquer modalidade de crime, além de procurar as autoridades policiais e a imprensa, o cliente deve boicotar a empresa e sugerir que outros façam o mesmo. Nem é preciso dizer que o cliente deve também publicar e divulgar tudo nas redes sociais.
Empresários são, na sua maioria, criaturas canalhas que vivem pela escravidão ao dinheiro. Portanto, o boicote é a pior reação que um empresário pode sofrer.
A incompetência crassa desses seguranças e fiscais é algo que se tornou epidêmico no Brasil. Não são casos isolados, conforme bem demonstra o site “Reclame Aqui”. Eles cometem uma variedade imensa de crimes todos os dias: racismo, constrangimento, perseguição, humilhação, preconceito, ofensas, ameaças, agressões físicas, homicídio, etc. Provavelmente há uma parcela significativa de psicopatas atuando nesse segmento. E tudo isso é calculado, orientado e determinado pelo empresário e pelos coordenadores. Essa conduta não é uma coincidência infeliz. É o próprio dono da empresa que estimula esse comportamento violento e criminoso dos seguranças e fiscais.
A resposta da população deve ser: polícia, boletim de ocorrência, imprensa, redes sociais, boicote.
Até que esses animais grotescos aprendam a lidar com seres humanos. Quem quer atuar como ogro selvagem deveria procurar outra profissão.